"Faço parte dessa história"
- Pedro Henrique Rezende
- 18 de ago. de 2015
- 2 min de leitura
No último dia 10 de julho, o Encontro de MC's de Juiz de Fora deu mais um importante passo em sua campanha "Faço parte dessa história". Com o objetivo de discutir as diretrizes do movimento, o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas recebeu um debate plural e uma aula de cultura hip hop e cidadania.
O responsável pelo primeiro testemunho da noite não poderia ter sido melhor escolhido: Monge MC, atuante no cenário desde 2000, um dos fundadores do coletivo Família de Rua e organizador do Duelo de MC's, evento que ocorre há quatro anos no vão do viaduto de Santa Tereza em Belo Horizonte.
Em sua fala, Monge abordou as mais diversas dificuldades enfrentadas por eventos que celebram um tipo de cultura ainda tido como marginal por uma grande parcela da sociedade. Ele relatou desde os enfrentamentos e dificuldades de relação com a Polícia Militar, os desafios de lidar não raro com o consumo abusivo de drogas nos locais onde são realizados os eventos, além de contabilizar algumas ameaças de morte. Após todas as questões expostas, a mensagem final era a da importância desse tipo de celebração e a perseverança na causa de tornar o movimento hip hop uma realidade por todo o país.
Durante o microfone aberto, o debate seguiu com as falas de Pablo Moraes, Amanda Messias, Everton Beatmaker, Nana Rebelatto, Leonardo Azevedo, Marcelo Fernandes, Giovani Verazzani e do MC Oldi, um dos organizadores do Encontro de MC's de Juiz de Fora. Prevaleceu o tom de desabafo e as palavras motivacionais necessárias à continuidade do movimento. Além disso, os testemunhos compartilhados atentavam para aspectos internos e externos ao Encontro.
O evento "Faço parte dessa história" foi um importante passo para a reformulação do Encontro, que atualmente atravessa um hiato. Durante toda a ocasião o que mais ficou claro é a necessidade de dar continuidade ao Encontro de MC's, visto que um espaço público ocupado por uma manifestação cultural urbana é muito significativo não só para a cultura hip hop, mas também para a cidade de Juiz de Fora. Poder trazer às áreas centrais jovens que encontram identificação direta numa prática que fomenta seu crescimento cultural é um direito que nunca poderá ser negado.
Fotos: Pedro Henrique Rezende




















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