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Entrevista: Como foi realizada a 4a edição Festival de Música Popular Livre, em Barbacena

  • Karoline Discaciati
  • 17 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

Fotos: Rede Trilho (parceria)

Entre os dias 07 a 09 de abril foi realizado o 4º Festival de Música Popular Livre de Barbacena – MG. O projeto é uma iniciativa do Instituto Curupira e vem acontecendo em edições anuais desde 2014. As apresentações ocorreram em espaços públicos: uma escola municipal e a Praça dos Andradas, a principal da cidade. A equipe da Avenida Independência conversou com Delton Mendes, um dos organizadores do evento e diretor do instituto.

Avenida Independência: Como surgiu o festival?

Delton Mendes: O festival surgiu após dois anos de pesquisa, entre os anos de 2011 e 2012, de outros festivais no Brasil e na América do Sul. A partir de então, em 2013 principiou-se uma série de estímulos na equipe para a produção de um festival que pudesse ter a cara ambiental e ecológico, e cultural. Em 2014, começamos a produzir em formato acústico, em língua nacional.

AI: Quais seus objetivos e ideologias?

DM: O objetivo principal do festival é valorizar a composição autoral em língua nacional e suas variações (indígena, africana, etc), em formato acústico a fim de promover uma relação mais íntima e sensível entre compositor, instrumentos e público. Além disso, um dos objetivos fundamentais do festival é a apropriação do espaço urbano, ou seja, uma ressignificação de espaços públicos, compreendendo esses espaços como trincheiras de existência cultural e espaços de esperança. Por isso a abertura na Praça dos Andradas, justamente tentando ressignificar esse espaço. Será que a praça é somente um local de transição? Será que não é um lugar de encontro, de convívio? Um espaço de resistência pra cultura local e regional? Enfim, um espaço político, considerando o ser humano como um ser que se entrelaça e se constrói culturalmente. Acreditamos que a música e as artes são fatores potenciais para a construção do primeiro estágio da compreensão humana que é o ser.

AI: Como ele interfere no movimento cultural da região?

DM: No dia sete [houve] apenas a participação de músicos locais, de compositores e convidados aqui de Barbacena, valorizando a nossa cena local. Cerca de 10 trabalhos apresentados. Muitos músicos têm se motivado a produzir músicas, compor, se juntar em forma de bandas para poder participar do evento. É um incentivo tanto para músicos como para público, e para a produção de músicas autorais e o consumo de músicas não somente comerciais.

AI: Como ele é custeado?

DM: O custeio é obtido por meio de inúmeras parcerias e patrocínios de empresas qie acreditam no Instituto Curupira.

AI: O que muda da quarta edição para as outras?

DM: Na quarta edição a grande diferença foi a quantidade de projetos e músicos participantes, foram 10 cidades representas, e três estados brasileiros (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). Além de uma pegada mais sustentável e ecológica. Oferecemos produtos veganos e vegetarianos, objetivando sensibilizar para arbitrariedades ambientais, como o consumo de carne.

Confira o resultado desta edição:

Melhor instrumentista

Jefferson Estevão de Oliveira, baterista do "Raí Freitas"

Melhor composição

Canção "Sete Luas", de Laura Jannuzzi

(Outros indicados: Vivan Trindade - Fome, André Salomão - Oferta)

Melhor intérprete

Grupo Turquesa com a canção "Mar vermelho"

(Outros indicados: Raí Freitas - Holograma, Nathan Itaborahy - Claustrofobia)

Melhores músicas do festival

1 - Guido Del Duca - Olha, amigo

2 - Ana Clara Castro - Modulação

3 - André Salomão - Oferta


 
 
 

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