Manifesto Musical
- Isabella Gonçalves
- 7 de nov. de 2015
- 1 min de leitura

Foto: Carime Elmor
Somos dançantes.
Por um som de vibrações que complete a alma.
Com luzes e melodias, somos entregues ao compasso do passo. Nos movemos em nome do ritmo que declama o rito. E assim o nosso ritual de passagem é o balançar do corpo e o sentir do sonho.
Queremos a festa dos sentidos. A alegria do balanço. A proclamação da liberdade de gostar e dançar.
Contra a limitação dos gêneros.
Somos aqueles que se permitem e, assim, descobrem. Quando o bater das palmas já dita um som. E esse som, por si só, já nos torna dança.
Arte bela, que afoga as tensões e alimenta o corpo. Arte de notas. Arte de culturas várias. Arte global.
Contra limitações eruditas.
Por liberdades culturais. Pela crítica justa. Pelo encontrar do belo, quando o corpo, por si só, já sente.
Somos a favor das liberdades. Nossa luta é pela quebra de conceitos.
Somos a frente de batalha do som e dos silêncios.
O silêncio, entretanto, não nos tornará mudos. Pelo poder da crítica. Contra a alienação silenciosa.
Pela importância da escuta. Que essas notas sejam ouvidas e sentidas pelos mais longínquos continentes.
Contra a ditadura padronizada.
Pela consagração de diversas formas. Mas que nunca existam fórmulas. Avante a efetividade da criação! Proclamemos, assim, os estilos vários.
E assim cantemos.
Cantemos a liberdade. Cantemos o sonho. Cantemos a dança. Cantemos a festa. Cantemos alegrias várias.
Pois não existe limite na música.
E assim, continuaremos para sempre dançantes.
Que o sopro do som alcance os mais complexos corações!
E que a música nunca pare.
Somos dançantes.
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