Estrelas ainda brilham por aqui
- Uiara Leigo
- 27 de dez. de 2015
- 1 min de leitura

Na luz dessa cidade, eis que se iluminam todas as pedras, que, por ironia ou não, alguém insiste em colocar. Só ele enxerga, pois só ele se mantém acordado, com o sonho pendurado nas costas, que sempre carregou com seu coração livre, nos saltos entre os buracos da estrada.
Uns dizem que a noite foi feita pra sonhar. Mas esse moço sabe que a noite já virou seu maior sonho e se alimenta da voz que lhe assegura a alma: “DESISTIR É DEIXAR DE EXISTIR”. O músico moço, dono do dom de alimentar histórias, lágrimas, sorrisos, arrepios, suspiros e olhos brilhantes, se põe, se veste e se levanta todas as noites para se eternizar. São Darandinos, Marcianos, Luizinhos, Nathálias, Dudus, Caetanos, Alfredos, Matildas, Thiagos, Bebetos, Arnaldos, Lauras, Moniques, Kbeças, Dannis, ...
E depois das pedras no caminho que esse moço e seus dedos, já gastos pelo atrito árduo das horas de solidão, hão de retirar, a realidade vem prestar suas honras a dizer: “Acorde que o sonho acabou...”, enquanto em outros cantos de sua própria terra mãe, sonhadores de outras bandas, de outras terras, se eternizam em seu lugar.
Vai moço, mas não esquece de dizer a eles, em forma de canção, que “Estrelas ainda brilham por aqui...”
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