2015: O ano em que tudo começou
- Hyrlla Tomé
- 31 de dez. de 2015
- 2 min de leitura

Final de ano. Tempo clichê de revisões e análises. Identificar quais caminhos chegaram à bons destinos no ano que se finda e quais devem ser abandonados. O clichê das resoluções e metas esperançosas para o ano seguinte.
2015 foi o ano do inesperado. Por que? Bom, no primeiro semestre do ano, alguns alunos da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora aceitaram o desafio proposto pela professora que ministrava a disciplina de Jornalismo Cultural. O desafio consistia em entender o que é cultura e como o profissional do jornalismo deve se portar no cuidado desse bem precioso de cada comunidade. Como respeitar e conhecer. Utilizar o xamanismo para reportar à sua sociedade o que viu, ouviu e aprendeu. Para concluir a disciplina, era esperado que esses alunos produzissem algum produto que relacionasse todos os conhecimentos obtidos.
Pensaram, pensaram e pensaram. Problematizaram todo o universo em busca de algo que os fizesse sentir úteis. Encontraram o que procuravam em sua paixão comum: a música. Alguns do grupo tentaram arranhar algum tipo de instrumento, outros eram cantores de chuveiro profissionais. O que era certo era a vontade de investigar e divulgar a produção musical local. Pensaram numa revista que aprofundasse as primeiras questões dessa jornada: processos de produção, estúdios, leis de incentivo e financiamento coletivo e o que mais conseguiram questionar. Pensaram em um catálogo que reunisse os artistas interessados em fazer parte daquele projeto.
No meio do caminho, algo inesperado aconteceu: a tal da revista encontrava lugar no coração de tanta gente que foi abrindo caminho pelos corredores da faculdade, da universidade, até que derrubou todas as fronteiras que encontrou e espalhou-se por Juiz de Fora. Lançaram a primeira edição da revista, mas cadê sensação de dever cumprido? Não tinha! Aquele grupo só conseguia sentir que tinham acabado de começar. Muitas outras questões pipocavam naquelas cabecinhas sedentas por uma nova lógica do fazer jornalismo.
Acabaram por planejar mais. Uma nova edição? Sim! Um projeto a ser enviado para a Lei Murilo Mendes? Com certeza! Novas parcerias, novas ações, novos membros, novas perguntas e respostas.
Hoje, finalzinho do finalzinho de 2015 o saldo é de nove meses de gestação da Avenida Independência, duas edições, 40 artistas locais no Catálogo da Música Autoral, um projeto aprovado na Lei Murilo Mendes, um blog recheado de shows, entrevistas e colunas.
Obrigada a todos que deixaram a ideia de ouvir a cidade tomar um lugarzinho no coração. 2016 é o ano da esperança. Expandir é a palavra de ordem.
Obrigada Lara, Pedro, Danilo, Fernanda, Thaís Andrade, Túlio, Tiffany, Karoline, Carime, Isabella e Thaís Arruda por doarem um cadinho do tempo e dedicação para integrar esse sonho, pelo tempo que puderam ou puderem.
Vamos juntos ouvir a cidade nesse novo ano?
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