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Laura Jannuzzi: Quando ela canta vibra eu

  • Fernanda Castilho
  • 17 de mar. de 2016
  • 4 min de leitura

Lembro-me bem da primeira vez que vi Laura Jannuzzi cantar. Lá pelo comecinho da formação da Avenida Independência, quando ainda não conhecíamos quase nada da música autoral de Juiz de Fora, fomos apresentados ao Encontro de Compositores que acontecia - e ainda acontece, crescendo cada vez mais - no bar Cai & Pira. Lembro-me muito bem desse dia: conversarmos com Laura antes da sua apresentação e, logo depois, ao ouvi-la cantando, ficamos completamente apaixonados pela sua poesia e voz marcante. Um sentimento arrebatador. Sim, me lembro muito bem de pensar com intenso entusiasmo: “Quero voltar aqui sempre que puder pra poder ouvir Laura”. E exploramos bastante o Encontro de Compositores. Das vezes que fui ao Encontro, ficava esperando ansiosamente a hora e a vez em que ela iria subir ao palco para cantar. Numa dessas tais, lá pelo fim da noite fiquei encantada com uma apresentação em que Laura cantou ao lado de Juliana Stanzani, da banda Matilda. Um sentimento profundo!

Há algum tempo, a ansiedade batia no coração para ouvir o primeiro álbum de Laura Jannuzzi. Bem, o dia chegou, ou melhor: a noite chegou! Uma noite inesquecível, tanto para os que acompanham o trabalho da artista há algum tempo, quanto para quem chegou na festa agora, e não pode parar! O som que se fez no dia 10 de março no Café Muzik fica como uma recordação que guardamos numa caixinha de coisas bonitas e, que abrimos de tempos em tempos para apreciar e relembrar. Vi por lá muita alegria, entusiasmo, amizade e sintonia em todos os rostos presentes. Êxtase parcelado em cada música.

Laura Jannuzzi canta com a alma.

O primeiro CD de Laura Januzzi, intitulado “Ondes”, conta com 11 faixas totalmente autorais e de parcerias de Juiz de Fora e de Palma, sua cidade natal. São composições ao lado de Juliana Stanzani, Pablo Quaresma, Fabrício Maluf, Bebeto Castro, Diego Pereira, Bruno Daher e Layla Paganini. Rica em poesia e amizades! Seu primeiro álbum traz um compilado das suas primeiras composições até as mais recentes. As inspirações da cantora e compositora são os tropicalistas, Novos Baianos, Secos e Molhados, Chico Buarque e Mutantes e também a nova MPB, como Tulipa Ruiz, Mariana Aydar e um bocado de gente.

O disco, totalmente independente, foi produzido por Nando Costa e gravado no Estúdio Versão Acústica em São João Nepomuceno. Os músicos que participaram da gravação continuam ao lado de Laura nas apresentações.

Numa banquinha improvisada perto do bar, Juliana Stanzani e Carol Serdeira vendiam o CD. Encarte maravilhoso! Todo projeto gráfico lindíssimo foi feita por Ruy Alhadas, designer e músico da banda The Basement Tracks, as fotos são de Diego Zanotti e a direção artística da própria Juliana Stanzani.

Ao som de Mutantes, Novos Baianos e, muita música brasileira quem inicialmente comandou a festa foi a DJ Nanda Gondim.

Laura e Juliana cantam “Diário”

Pouco antes das 23h, Laura subiu ao palco com seu vestido longo, transbordando sorrisos e simpatia. Iniciou a festa com “Liga”, e daí em diante foi tudo mágico. As luzes, a banda, a energia das pessoas: era difícil olhar para os lados enquanto tudo acontecia. A gente se perdia mesmo era em cada música, timbre e acorde. A banda era composta por João Cordeiro na bateria, Marcelo Mattos no baixo, Nando Costa na guitarra, Rick Guilhem na percussão, Pablo Garcia no teclado e Renato Da Lapa no violão. Já a música “Descompasso”, uma composição de Laura e Layla Paganini, contou com a incrível participação do acordeonista de Márcio Guelber, que também colabora em algumas músicas do álbum. Depois foi a vez de “Amor Não”, outra composição de Laura e Layla, seguida de “Ondes”: “Quando ela canta vibra eu” frase que marcou todo o show. Sim, penso eu, enquanto Laura Jannuzzi cantava vibravam todos por ali. Foi a vez então de “Três”, “Esotérico”e “Viagem Astral”. Logo depois Juliana Stanzani subiu ao palco para cantar “Diário” ao lado de Laura, canção composta pelas duas, escrita por uma “dança de tinta negra sobre a folha dos dias, revelando a sombra, o desenhar de um sol”. Um momento arrebatador, onde as duas brilharam e fizeram com que o público perdesse em palmas, alegria e gritos!

Cores e poesia no show de Laura Jannuzzi

Fã declarada do cantor e compositor Dani Black, Laura fez um lindo cover da música “Linha Tênue”. Muitos se renderam a uma dança e sambaram ao som da música “Tinindo Trincando” da banda Novos Baianos, com a intensa guitarra de Nando Costa. Algumas das músicas tinham uma pegada de lambada e tango, com castanholas e a extasiante percussão de Rick Guilhem. Quase no finalzinho Laura cantou “Barulhinho de Estrelas”, uma música encantadora. Até hoje me pego lembrando do refrão cantado por Laura, João Cordeiro e Nando Costa: “encontra tal rima, magia, que cabe no fio da pipa a voar”. Laura já ia se despedindo, mas “cê” acha que a festa acabaria assim? Teve bis de “Descompasso” e a festa não parou!

João Cordeiro arrasando na bateria

“Ondes” de Laura Januzzi já está disponível no Spotify e já está à venda na Planet Music. E para os ansiosos a próxima apresentação de Laura já tem data marcada no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, dia 19 de maio. Então, vem #OuvirLauraJanuzzi!

 
 
 

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