Ainda resta tempo
- Pedro Henrique Rezende Ferreira
- 25 de mar. de 2016
- 1 min de leitura

De ouvir o último acorde
Fumar o último cigarro
Cantar canções esquecidas
Ver antigos amigos
Fui ali procurar o resto do meu dia
Mas já era noite
As portas do bar semi abertas parecem incomodar
Talvez seja um convite
Pra só meia entrada... de corpo sem espírito
Ou vice e versa
Mas se eu correr
Ainda dá tempo
O dia seguinte não se anuncia
Ainda procuro meu fim de dia no fim da noite
E tudo finalmente pode fazer sentido
Sem precisar ser entendido
Respostas nem sempre são as portas abertas do meu dia
Ainda resta tempo
Corro novamente mas não me movimento
Preso dentro de mim
Onde a relatividade das coisas não tem teoria
A noite ali dentro é fria
Mas ainda é outono
Sem tempestade em copo d'agua
Lembro daquela canção
Jogo meu último cigarro fora
Ainda não é tempo do último acorde.
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