Capivaras Independentes: os filhotes cresceram na segunda edição do festival
- Bianca Colvara
- 16 de mai. de 2016
- 2 min de leitura
Fotos: Deivid Campos e Fred Calabrez
Nesse sábado, dois grupos de capivaras foram vistos no Maquinaria para mais uma edição do Capivaras Independentes! O festival contou com as bandas Legrand (antiga Mirante) e Seu Nadir, a idealizadora do projeto.
Pra começar, a Legrand abriu a noite com show quase todo autoral, mesclando com covers de suas referências musicais, como Tears for Fears, The Killers, Moptop e O Terno. A banda, formada por Diego Neves, Guilherme Lima, Vinícius Fonseca e Matheus Tchê, ainda é filhote capivara de um aninho, mas já está prestes a gravar seu primeiro EP! Lembra que eles se chamavam Mirante? Então, eles mudaram o nome pra Legrand e fazem referência à imensidão da cidade, aos prédios e ás pessoas que parecem pequenas, mas são grandes. Deve ser tipo a banda mesmo, que só tem quatro caras e um aninho, mas é ótima e ainda pode crescer muito!

A pequena grande Legrand
Seu Nadir veio em seguida, mostrando o trabalho do disco Sujeito Ao Tempo e também mais quatro músicas que devem compor o próximo disco ou EP do grupo: “À procura de um sabor”, “Factótum”, “Motivos” e “Jogo”. No final, duas músicas extras: “Comida” (Titãs) com declamação do poema “E agora, José?” (Drummond), “em homenagem ao extinto Ministério da Cultura”, como explicou Reinaldo Kreppk (guitarra e vocal); e “A Minha Menina” (Os Mutantes/Jorge Ben Jor), pra fazer o pessoal dançar!

Duas capivaras declarando independência no Maquinaria
A independência e as capivaras
O Capivaras Independentes teve sua primeira edição em dezembro de 2015, com Seu Nadir, Raí Freitas e Verônica Rasga o Ventre. A ideia era promover um espaço para a divulgação da música autoral independente de Juiz de Fora e também promover a troca de público e de experiências. O projeto foi idealizado pela Seu Nadir, que agora já planeja as próximas edições, com bandas não só da cidade, mas também da região e de estilos diferentes.
Já o nome do festival tem várias ideias diferentes. Capivara porque queriam alguma coisa que remetesse á Juiz de Fora. Aí, primeiro pensaram em Capivaras Indie, mas seria muito taxativo e a ideia era justamente o contrário. Então veio o Capivaras Independentes, como uma referência ao animalzinho, que vive ás margens dos rios, é guerreiro e sobrevive á toda a poluição e mudança natural, metaforicamente como as bandas autorais que estão as margens do “high society”. Além disso, as capivaras estão presentes em diversas cidades, não só aqui em Juiz de Fora, “ou seja, podemos fazer conexões com outras bandas, de cidades que tenham capivaras”, brincou Renê Rocha, o batera.
E se você quer saber como foi o primeiro Capivaras Independentes, a Av. deixou registrado pra você, aqui ó.
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