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London Calling: reunião de amigos e boa música

  • Lucas Portilho
  • 28 de mai. de 2016
  • 3 min de leitura

Juiz de Fora, 25 de maio, 2016. Após subir os quatro primeiros degraus do Muzik, noto que o som ambiente da casa estava perfeito para atrair os (as) fãs de um bom rock n’ roll para a pista de dança. Naquela noite, relativamente fria, fui até o “Café” a procura de uma festa para “me aquecer”. Ao som das bandas The Basement Tracks e Alles Club, pude aproveitar a véspera de feriado da melhor forma possível: ouvindo uma ótima música.

Antes das apresentações das bandas – que começaram pontualmente à 00:40 – já se podia perceber que aquela edição da “London Calling” seria no mínimo importante: a festa coincidia com o primeiro show da banda Alles Club e, também, com a divulgação de algumas faixas que estarão presentes no primeiro álbum da The Basement Tracks. Além do ineditismo da Alles e o anunciamento da Basement, observou-se que as pessoas que estavam reunidas naquela noite eram mais do que fãs das bandas, mas, também, amigos.

Por falar em amizade, o grupo que compõe a Alles Club foi o responsável por “abrir o canal” da noite. Pedaleiras, sintetizador, trompete, guitarras, vocais e acapela foram os elementos que ditaram ritmo no rock alternativo da Alles. Ao fechar os meus olhos na tentativa de notar os detalhes das sonoridades que os instrumentos e vocais mostravam, foi possível sentir toda a emoção que estava sendo disposta naquela oportunidade. Estes sentimentos refletem uma história que começou a quilômetros do Muzik. Mais precisamente, na Suíça.

Alles Club. Foto: Fernando Fazio

A fundação da Alles Club (Alles, “todos”, em alemão) foi uma “viagem” do vocalista e guitarrista Rodrigo Lopes. Com o nascimento do seu filho, o brasileiro se mudou para as terras de sua amada. A atitude foi uma resposta para um namoro que se dava a distância. No exterior, Rodrigo não conhecia praticamente ninguém. Parte do seu tempo era ocioso, até que um dia tomou a iniciativa de resgatar músicas antigas que foram compostas por ele e seus amigos. As faixas foram compostas entre 1992 e 1999, mas nenhuma delas foi gravada. Com a ajuda do compositor Luiz Alberto Moura (mentor intelectual da banda, segundo o vocalista), Rodrigo começou a trabalhar a distância – ele na Suíça e o seu amigo em Portugal – em três faixas que viria a compor um EP que, inclusive, será lançado em breve.

Fred Mendes (bateria), Nina Hübscher (sintetizadores e baixo), Ruan Lustosa (guitarra) e Rodrigo Lopes são os membros que compõe atualmente a Alles Club. Durante a “London Calling”, Nina e Ruan (The Basement Tracks) se alternaram no baixo e o show teve a participação de um trompetista e de um convidado para os sintetizadores. Ao todo foram apresentadas cinco faixas e, destas cinco, destaca-se a “Décollage”, uma música que possui uma acapela gravada por Rodrigo que, na verdade, são recordações de avisos proferidos pelas comissárias de bordo e pelos pilotos ao longo das viagens do compositor pela Europa. O vocalista conta que a ideia central da música é narrar um voo de avião e, nesta narrativa, o baixo exerce o papel de protagonista principal junto à acapela que aparece no início, meio e o fim da faixa.

“No Palco, The Basement Tracks”

Continuando a divulgação do seu novo EP, “Songs From The Orange”, a “The Basement Tracks” foi a responsável por dar continuidade a “London Calling”. Além dos sucessos: “Ocean’s Son” e “The Wall’s Drama”, a banda apresentou para o público algumas faixas que estarão presentes no próximo álbum do grupo. O vocalista e guitarrista da banda, Victor Fonseca, explica que as faixas que foram anunciadas como integrantes do próximo álbum da banda, já faziam parte do repertório dos shows já havia algum tempo. Porém, complementa o baixista Rodrigo Baumgratz, os integrantes do grupo ainda não haviam decidido quais seriam as músicas que deveriam fazer parte do próximo trabalho no estúdio.

Paralelamente ao show, projeções foram feitas por Márcio Jorge provocando uma estética psicodélica e imersiva à apresentação. Com um público plural, homens, mulheres e jovens de diversas idades conferiram o som dos vocais e guitarra de Victor Fonseca, da guitarra de Ruan Lustosa, do baixo de Rodrigo Baumgratz, da bateria do Lucas Duarte e dos teclados de Ruy Alhadas. O show teve duração de aproximadamente uma hora e com nove faixas.

The Basement Tracks. Foto: Fernando Fazio

Sobre o fato de tocarem no Muzik, os membros da banda concordam que existem diferenças de tocar em um ambiente aberto – como foi no JF Rock City – e em um ambiente fechado. Pontos negativos e positivos podem ser levantados, mas Victor Fonseca admite: “eu adoro tocar no Muzik”. A banda também observou que o público que estava presente era diversificando e que, inclusive, algumas pessoas estavam conferindo a apresentação do grupo pela primeira vez. Ao serem questionados sobre o resultado final do show, Victor, Ruan e Rodrigo responderam em coro: foi ótimo.

 
 
 

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