Overdue e Turx 93 no Maquinaria

Matheus Medeiros
31 de mai. de 2016
2 min de leitura

Quinta-feira de feriado e o Maquinaria abriu suas portas um pouco mais cedo, às 19h, para mais um ensaio aberto, trazendo, desta vez, as bandas Turx 93 e Overdue. Com um trabalho autoral ainda tímido, as bandas trouxeram um repertório composto principalmente por músicas brazucas seguindo as linhas de um rock mais alternativo, no caso da Turx 93, e mais pesado e crítico na Overdue.

Turx 93

Iniciando a noite, a Turx 93 trouxe um setlist variado, indo de Mamonas Assassinas a Franz Ferdinand e Foster The People. Formada pelos integrantes, Thiago Fortini, Lucas Gabriel, Héber Marques, Rômulo Felipe e Igor Fabri, a banda executou bem o repertório proposto, contudo, poderia ter trazido mais peso a algumas canções. Com apenas a música “A vida” gravada, os músicos têm a intenção de lançar um curto CD ainda para este ano, que seguirá a linha alternativa já proposta. A Turx 93 foi formada em outubro de 2014. A banda se apresentará novamente no sábado (04) de junho no Running Music Show, no Estádio Mario Helênio.

Ouça "A Vida" de Turx 93, aqui.

Overdue

Em seguida, a Overdue tomou as rédeas para proporcionar questionamento sobre a atual conjuntura política e social do Brasil. Embalada pelo lançamento da versão da música Classe Média, de Max Gonzaga, em formato audiovisual, a banda adotou uma linha coerente de estilo em suas execuções, abusando dos clássicos brasileiros contemporâneos de teor crítico. Em questão de autorais, foram tocadas três: Caos, a primeira composição da banda; Capitu, que conta a história de uma prostituta; e Reverso, a recém-criada música, que foi tocada em um formato inacabado. Segundo Rodrigo Ferreira, guitarrista, a ideia de tocar Reverso neste ensaio aberto veio a partir da vontade de expressar o descontentamento com o atual momento do país o quanto antes. “A música ainda é só um esqueleto, mas decidimos tocar porque queríamos dar a nossa opinião sobre o assunto, tentando demonstrar como o povo não é livre”. Outro destaque veio a partir de Tribunal de Rua, d’O Rappa, que contou com a participação do guitarrista Eric Esteves e de Mc Marte e agregou grande força a partir de um freestyle. Além das brasileiras, o repertório contou com versões de Queens of Stone Age e Kings of Leon, grandes influências dos músicos, Yan Cevidanes, Rodrigo Ferreira, Lucas Müller e Thalles Oliveira.