As rosas não falam, mas a Carol, ainda bem, fala sim!

Fotos: Julia Cherem

Era quinta-feira. A noite estava gelada, mas logo se aqueceu quando a Carol subiu ao palco e começou a cantar. Acompanhada de Breno Mendonça (sax), Renato Lapa (violão), Wiliam Tonasso (baixo) e Gladston Vieira (bateria), ela adoçou a noite de todo mundo que foi ao Muzik.

De novo uma quinta. Na minha última quinta aqui, foi quando eu contei do meu encontro com Alessandra Crispin. Deve ser mal, ou bem, de quinta! Porque dessa vez conheci Carol Serdeira. E acho que já deu pra entender que foi um ótimo encontro.

Carol Serdeira cantou e esquentou a noite fria da última quinta-feira

Tudo mais parecia uma reunião de amigos e família, aquela festinha que a gente faz em casa pra matar a saudade. Todo mundo a vontade, mexendo o corpinho ainda tímido, mas admirado com a voz da Carol!

Carol essa que canta desde sempre e tomara que pra sempre. Depois de dez anos como música profissional, já tem um CD lançado e está preparando o próximo, “Menina dos Olhos”, que deve sair no segundo semestre, com composições de Paulinho Pedra Azul, Gil Costa e outros amigos compositores. O disco novo é em homenagem a filha, Maria e todos juntos celebramos a vida, dela, de Carol, do samba e da mpb.

Pra esquentar ainda mais a noite, Caetano Brasil, Mario Mendonça e Dudu Costa subiram ao palco. No repertório, releituras de Tom Jobim, Dominguinhos e Moacir Santos e autorais da Carol, do primeiro e segundo discos. Na verdade, autoral e sentimental, porque ela mesma não compõe nada, mas seus amigos sim! “Eu não sou uma compositora, não me considero uma. Eu tenho pouquíssima coisa, mas me sinto muito mais á vontade cantando músicas dos amigos do que compondo”. Para ela, a troca de experiências entre os músicos, estar junto com pessoas que ela admira e os sentimentos do cotidiano são a fonte de inspiração para o seu trabalho. E esse show foi repleto de músicas escritas por nomes aqui de JF, seus amigos, como Juliana Stanzani (Matilda), Laura Jannuzzi, Dudu Costa e Marcelo Correira.

Carol Serdeira e Dudu Costa cantando "Tarde de Inverno"

Depois de sete anos morando em Belo Horizonte, Carol volta aos palcos juiz-foranos em uma experiência deliciosa. “O que eu mais gosto está aqui, os meus amigos estão aqui, meus compositores favoritos estão aqui, a minha banda está aqui. Então é uma mistura de coisas. E eu estou na expectativa de cantar de novo em casa, para os meus amigos, para a minha família, para o público daqui a galera que já me conhecia antes. Rola um super frio na barriga”, conta Carol.

O frio na barriga a gente nem percebeu, o que deu pra ver mesmo era a alegria de estar no palco contagiando a plateia. Tomara mesmo que Carol cante para sempre!

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Quer conhecer o trabalho da Carol? É só dar uma olhadinha no canal dela, aqui.

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