Sessão Instrumental: Vida longa à música autoral e à convivência em grupo!
- Luísa Moreira
- 17 de ago. de 2016
- 2 min de leitura
Fotos: Fernanda Castilho
A Praça Armando Toschi foi palco de grandes aventuras da minha infância. Na memória, o antigo tanque de areia, os amigos que chegavam e aquelas correrias de toda criança. Nessa época, já me tornava um pouquinho do que sou hoje: gostava de praças, de pessoas e de música. Então, desde o primeiro show da Sessão Instrumental, estive presente, na primeira mesa, na Praça do Bar du Léo, como conhecemos agora. Quando imaginaríamos o espaço público sendo ocupado, das mais diversas formas, para escutar música instrumental?

Pra começar, Lucas Soares, acompanhado de Adalberto Silva, Gladston Vieira e Ricardo Itaborahy
No ano passado, Gibran Lamha, d’O Gibra Indica, elaborou um evento-teste para perceber a recepção do público, a logística e as possibilidades com músicos. “A partir daí, vi que o esquema funcionou muito bem, resolvi estruturar o projeto da forma que está acontecendo hoje. Sempre achei que esta praça poderia ser melhor aproveitada”, conta Gibran. Assim, a Sessão comprova o oposto do que muita gente acredita: existe público para música instrumental - que, não só gosta, como reverbera esta ideia.
No domingo, mais uma vez, a Sessão Instrumental foi contemplada com uma linda tarde de sol. Na última edição do ano, Lucas Soares subiu ao palco acompanhado de Adalberto Silva, Gladston Vieira e Ricardo Itaborahy. O quarteto trouxe o violão como carro-chefe da apresentação. Em clima de dia dos pais, o público vibrava e se deliciava. “Trazer a música para a praça é ampliar o acesso à cultura, podemos atingir pessoas que nem esperavam por aquilo. Esse projeto abre portas para que outros também possam existir”, me disse Lucas. Ao final do primeiro show, o percussionista Serginho Silva entrou na dança com o quarteto e já adiantou um pouquinho do que estava por vir.

Serginho Silva fechou com chave de ouro o último domingo instrumental do ano
No segundo show, Serginho nos mostrou para o que veio: o músico de Belo Horizonte, já tocou com Milton Nascimento, Elza Soares, Gilberto Gil. Aqui, estava acompanhado de Breno Mendonça, Felipe de Oliveira e Juninho de Sá. O repertório contou com músicas autorais do percussionista e também releituras, como músicas do amigo e violonista Gilvan de Oliveira. O repertório apresentado mostrou nossa brasilidade através de músicas melodiosas, para escutar e apreciar.
Os quatro domingos nos mostraram não só a força da música instrumental, como também a importância de ocupar, resistir e explorar o espaço público.
Para que a música soe em novos ouvidos e proporcione doces descobertas:
Vida longa à Sessão Instrumental!
Este ano, a Sessão Instrumental contou com o patrocínio da Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura e também os apoios do Bar du Léo, do Carioca do Brejo, da Cervejaria São Bartolomeu, do Independência Trade Hotel, da Rádio Itatiaia e de nós, da Avenida Independência.
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