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Caixinha amplificadora de sonhos: pequenos grandes momentos da Avenida em 2016

Fotos: Acervo

Além de adorar anotar tudo em agendas e bilhetinhos fofos que eu espalho pelas paredes e portas de geladeira, também tento cumprir um ritual durante o ano. É coisa simples e bem boba: só anotar as pequenas grandes maravilhas da vida, os motivos que fizeram meu dia melhor, ou a vida valer a pena. Vou colocando tudo num pote amarelo todo decorado lindo e no final de cada ano, sento pra ler cada papelzinho e rir, ou morrer de vergonha, de cada momento.

E acho que a menina Avenida deveria passar por isso também. Por isso, cá estamos, eu e a pequena Avenidinha, abrindo a caixinha de pequenos grandes acontecimentos desse ano 2016, que foi uma loucura, mas também trouxe coisas boas para todos nós.

Pra ficar mais fácil de acompanhar, separei 12 coisinhas que fizeram 2016 brilhar na passarela da Avenida e que nós anotamos e colocamos lá na caixinha amplificadora de sonhos. Bora ver e lembrar!

1. Universos em expansão

Eu nem era da Avenida ainda, mas sei que chegou um segundo momento em que foi necessário chamar mais pessoas para ajudar a tocar o projeto adiante. No comecinho do ano, lá pra março ou abril, 11 novos avelindos e avelindas foram convocadas e aí a pequena Avenidinha já podia ser chamada de Avelinda porque ficou tudo muito maior e mais intenso. Vieram novos projetos, novas ideias, um gás e um fôlego novos, cabecinhas novas e muita vontade de fazer tudo acontecer. Com isso, veio grande parte dos papeizinhos importantes da nossa caixinha.

Equipe da Avenida no comecinho do novo clico (mas tá faltado gente aí!)

2. Atravessar? Só se for Na Faixa

O “Na Faixa” foi o primeiro projeto da Avenida aprovado em uma Lei de Incentivo. E melhor do que isso, só o fato de que um projeto genuinamente juiz-forano foi aprovado numa lei de incentivo juiz-forana. Com o patrocínio e apoio da Lei Murilo Mendes, produzimos, com outras parcerias também importantes, uma web-série que reuniu oito artistas independentes da cidade, tocando e contando um pouquinho do seu som. Foram oito domingos de gravações intensas, mas que resultaram em episódios lindos e especiais à sua maneira.

Caetano Brasil, seu turbante e seu clarinete durante gravação do Na Faixa

3. Amabilidade pelo mundo

E essa tal de GIG? Claro que ela não poderia passar em branco. Na verdade, passou muito colorida! O pessoal do Graveola veio pra JotaEfes e, junto com Raí Freitas e U Bandão, uma galerinha incrível que compôs a feirinha artesanal, e cofcof, os avelindos e avelindas, fizeram um mini festival lindo e memorável. Foi o nosso primeiro grande evento e, depois de muitos descabelamentos, deu tudo certo e todo mundo ficou feliz (de chope artesanal e de realização mesmo)! Tudo aconteceu no domingo, 23 de outubro, lá no Cultural Bar.

Foto de família

Bônus Track: Além da GIG, tivemos o prazer de conhecer Luiza Brina e Sara Não Tem Nome. O evento chamado de Malditas, levou as duas cantoras-compositoras-instrumentistas-maravilhosas ao Maquinaria, onde, sentadinhos no estúdio, todos pudemos ouvir a singularidade daquelas vozes. Tá guardado no coração!

4. A poesia prevalece

Poderia ser a parte em que a gente fala sobre o show d’O Teatro Mágico, mas na verdade é sobre o Som Aberto. O projeto da PróCult da UFJF voltou com tudo nesse ano e, além de domingos lindos que levaram as pessoas cada vez mais para dentro da universidade, ele também trouxe um espaço superbacana para as bandas autorais da cidade apresentarem seu trabalho. Foram sete edições durante o ano com programações musicais, feirinhas de artesanato e apresentações artístico-culturais.

5. Música inédita

Apesar dos pesares todos, 2016 foi um bom ano, cheio de CDs novos pra gente curtir bastante. De cara, tivemos o prazer de conhecer a banda Matilda e estar presente no lançamento do seu primeiro CD, o Patuá. Noite mágica, encantadora! Mas além das mocinhas, tivemos uma lista grande de lançamentos durante o ano, como Guido Del Duca, Laura Januzzi, João Reis Trio, La Macchina, Filipe Alvim, Luizinho Lopes, Hagbar, Alessandra Crispin....e lá se vai a lista.

Alessandra Crispin no lançamento do seu CD "Meu Nome é Crispin", em abril no Theatro Central

6. Central de boa música

Quem passou pelo centro de JotaEfes durante os finais de semana, certamente teve que parar em frente ao Cine Theatro Central em algum momento. O projeto, em parceria com a UFJF e a Chico Rei, levou música para o calçadão da Halfeld em determinadas manhãs de sábado. Era algo simples, mas que sempre atraía o público: os artistas participantes daquele dia subiam na escadaria, faziam seu som e nós, o público, ficávamos parados para admirar. Foram momentos bacanas, que renderam manhãs deliciosas!

7. Domingo Instrumental

Que a praça do Ministrinho, cofcof praça do bar du Leo, já era tradicional em JotaEfes, nós todos já sabíamos. Mas depois do Sessão Instrumental, esse sucesso todo fez ainda mais sentido. Que lugar mágico! O projeto d’O Gibra Indica, também com patrocínio da Lei Murilo Mendes, levou oito artistas, em quatro domingos, para a praça. Era assim: tinha um palco pequeno para os músicos se apresentarem, e as mesinhas coloridas ao redor, para o público aproveitar não só o som, mas o dia em si.

Lucas Soares fechou a programação do Sessão Instrumental de 2016

Bônus track do Sessão Instrumental: tivemos o prazer de entrevistar alguns dos músicos que iriam se apresentar nos domingos musicais. Foi uma experiência maravilhosa!

8. Pequenos grandes momentos

Apesar de o nosso foco ser a música autoral juiz-forana, durante 2016 tivemos o prazer de estar presentes em alguns shows de músicos do cenário nacional também. Passaram por aqui Igor Carvalho, Rubel, Phill Veras, Braza, Criolo e O Teatro Mágico. Nós conseguimos conversar com alguns deles e temos coberturas lindas e emocionantes dos avelindos e avelindas, para ficar marcadinho no coração.

Para os curiosos:

9. Rock do bem

O JF Rock City é um festival tradicional de JotaEfes. Além do espaço para as bandas da cidade, ele também é bacana por trazer a pegada da solidariedade junto ao evento: todos os alimentos arrecadados com a troca de ingressos são doados a Ascomcer no final. Na edição desse ano, fizemos uma cobertura intensa, com vídeozinho e tudo o que tem direito.

10. O bar silenciou

A polêmica sobre a música ao vivo nos bares e restaurantes da cidade, vira e mexe está de volta. No começo do ano, fizemos uma série de entrevistas com personagens importantes dessa história para entender melhor o assunto. Isso foi até o pontapé inicial do nosso Mapa da Música, onde procuramos mapear os estabelecimentos da cidade que contam com apresentações musicais. A discussão sobre a música nos bares também rendeu audiências na câmara e reuniões do Fórum da Música de Juiz de Fora.

11. Trilhas sonoras

Não podíamos deixar de falar sobre esse nosso espacinho lindo, o Blog, e quem colabora para que ele caminhe. Além da equipe de avelindos e avelindas, contamos ainda com um pequeno time de colaboradores. Aqui no Aveblog, isso acontece com as colunas, onde recebemos textos de fora. Nesse ano, tivemos participações especialíssimas, como da Júlia Pessôa, quem sempre trouxe um pouco de como a música está permeada na vida dela. Recentemente, ela até foi no MECA Inhotim e fez uma crônica-cobertura linda pra gente. E também tivemos um texto ótimo, com uma lista de sete mulheres musicistas de JotaEfes, feito pela Carol Cadinelli! Baita colaboração!

12. Um ano de Avenida!

Vida longa à nossa Avenidinha, que entrou em expansão, já tem três edições de revista e uma web-série na conta!

Olha como a menina Avenida cresceu!

(13) Bonus Track: Pode falar em primeira pessoa?

Separei essa parte porque precisava fazer a minha retrospectiva e agradecer à Avenidinha por tanto aprendizado. Logo no começo, me senti acolhida. A Avenida era um projeto que eu já adorava desde sempre e poder fazer parte dele foi incrível. Depois vieram as responsabilidades: aquela pauta do Mapa da Música; as entrevistas do Sessão; a coletiva com o Grave; a cobertura de eventos; os textos pessoais, cheios de experimentação; o cuidado com o AveBlog... Mas foi muito bom poder fazer tudo isso, aprender, ter que dar conta.

Hoje, aos 45 do segundo tempo do temido DDL (deadline, prazo, na guilhotina), entrego esse texto de coração leve e sorridente. Apesar dos pesares todos, 2016 foi bem bonito, sim. Se a gente parar pra olhar as pequenas grandes maravilhas, esse foi um ano cheio delas!

Obrigada, gente!

Ano que vem estaremos de volta ;)

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